segunda-feira, 17 de novembro de 2008

G20 promete ajudar países emergentes

Os 20 países que participaram das discussões mundiais sobre a crise econômica, neste sábado, se mostraram preocupados com os efeitos nos países emergentes. Em comunicado divulgado após o fim da reunião, os líderes concordaram em trabalhar em cooperação para restaurar o crescimento econômico e evitar que a crise se espalhe ainda mais pelos mercados emergentes e países em desenvolvimento. O texto diz que estas nações ajudaram a sustentar a economia mundial na última década e ainda apresentam um crescimento sustentável, mas estão começando a ser afetados pelo freio no crescimento mundial.

Entre os desafios citados estão ajudar as nações emergentes a ter acesso a financiamento caso entrem em dificuldades, inclusive de liquidez. Nesse cenário, o Fundo Monetário Internacional (FMI) terá um papel importante no socorro. Além disso, o Banco Mundial e os outros bancos multilaterais de desenvolvimento serão encorajados a usar sua total capacidade para estimular o desenvolvimento nas áreas de infra-estrutura e de financiamento de comércio.

Após a reunião, o presidente dos EUA, George W. Bush, falou sobre reformas no Banco Mundial (Bird) e no Fundo Monetário Internacional (FMI), além de garantir uma passagem de poder tranqüila para seu recém-eleito sucessor, Barack Obama.

- Houve um entendimento comum entre todos nós de que devemos adotar políticas pró-crescimento econômico.

Ao chegar para a reunião, no início da manhã, o presidente Lula disse que a solução para a crise financeira global está nas mãos dos países ricos. Segundo Lula, "a melhor solução para evitar que a crise se alastre são os países ricos resolverem seus problemas".

O comunicado culpa a falta de regulamentação dos mercados e a falta de avaliação adequada dos riscos como causa da crise. Além disso, outros fatos ajudaram a piorar o cenário, como políticas econômicas com pouca coordenação e falta de reformas estruturais.

Os países também concordaram em criar mais regulamentação para o sistema financeiro, para evitar futuras crises. O papel principal será dos reguladores nacionais que serão a linha de frente no combate à instabilidade dos mercados, afirma o comunicado. As instituições financeiras devem ser responsabilizadas pela tormenta e devem fazer sua parte para superá-la, incluindo reconhecer perdas, melhorar sua governança e seu gerenciamento de risco.

Os líderes também estão preocupados com a proteção aos investidores. Com isso prometem garantir a integridade do mercado financeiro. Para isso, tentarão evitar conflitos de interesse, prevenir a manipulação ilegal do mercado, atividades fraudulentas e abusivas e proteger contra riscos exagerados no mercado financeiro.

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