quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Posição norte-americana ambígua cria tensão entre EUA e Israel

EUA e Reino Unido cogitaram apoio inédito à nação curda em documento provisório. Mais tarde, EUA reafirma aliança com Israel, que acusa partido político curdo de terrorismo.
Foi tensa a reunião do Comitê de Políticas Especiais e Descolonização (SPECPOL) da ONU. Considerado como "a porta de entrada" do Conselho de Segurança, o SPECPOL tem a função de discutir e propor resoluções para conflitos e problemas internacionais, com o objetivo de promover a integração e os processos de descolonização pós-Guerra Fria.

Durante o debate sobre a criação de um Estado independente para a população curda, EUA e Reino Unido tornam-se signatários, em um fato inédito, de um documento provisório que "encoraja" Turquia, Irã e Síria a reconhecerem os direito políticos da população curda, discurso que se aproxima com o do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, também conhecido como KADEK e Kongra-Gel, que é considerado pelos Estados Unidos e pela União Européia como sendo uma organização terrorista. Israel se colocou veementemente contra a cogitação de criação de um estado independente curdo, que segundo Israel, seria a aceitação de mais um estado terrorista no oriente médio. Depois do intervalo, dentro do mesmo debate, os EUA reafirmaram apoio ao estado israelense criando uma situação de tensão entre os dois aliados históricos.

Anteriormente, em entrevista ao Le Monde e O Globo, o delegado israelita afirmou que as relações entre Israel e EUA poderiam ficar abaladas caso a política externa norte-americana em relação aos curdos sofresse mudanças radicais.

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