sábado, 16 de outubro de 2010

AVANÇOS E CRISE NO CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL DAS NAÇÕES UNIDAS

Delegados do Canadá, Iraque e Itália já apresentaram o sexto documento do comitê e Embaixador polonês foi sequestrado
Roberta Amazonas




O Embaixador da Polônia foi seqüestrado esta tarde na Índia por um grupo afegão islâmico e foram consideradas duas horas para que se estabelecesse uma solução, antes que o embaixador fosse morto. Os seqüestradores pedem a anulação da lei que proíbe o uso do véu na França. Até o fechamento desta edição, nada foi resolvido, devido ao recesso do Conselho.

Os representantes enviados ao ECOSOC apresentaram hoje quatro documentos provisórios, acerca dos direitos da mulher no mundo islâmico. Os pontos abordados dizem respeito à aceitação de que a mutilação genital feminina é um ato que transgride os direitos fundamentais da mulher em qualquer religião, etnia ou nação; à intenção de uma parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde); à criação de programas de educação e interação entre governos, ONGs e líderes comunitários e um programa de conscientização para a saúde da mulher, a ser gerenciado pela ONU e financiado por nações voluntárias. Além disso, ressalta-se a necessidade de uma maior fiscalização por parte dos Estados em que o procedimento é registrado, de forma a respeitar o conceito da soberania dos povos, e a urgência de peso igual de testemunha judicial para homens e mulheres.

A delegada brasileira presente à reunião enviou uma declaração ao jornal, de maneira a confirmar a postura do país frente à temática do debate. A representante apontou que “o Brasil apóia a criação de um fundo para incentivo à conscientização dos países de fé islâmica através de uma melhor interpretação das leis tão enraizadas na religião”. O Conselho sugeriu alterações em alguns aspectos do documento e a discussão, agora, está voltada para a questão do casamento forçado, o que proporcionou impasses, pois determinadas delegações não vêem o assunto como necessário ao debate do comitê.

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